Já se passaram três meses e nem
tudo mudou como eu pensei que seria. Ainda tem tanta coisa em caixa, mas o
básico de uso diário já está de fácil acesso. Mas até chegar a esse ponto
parece que eu não ia conseguir chegar a essa situação do básico de fácil
acesso.
Confesso que o universo creme de
caixa estava sempre presente e já andava desanimada afinal um mês passará e
nada saia do lugar. Até que resolvi dar um jeito na cozinha por que cozinhar
com uma panela só estava ficando complexo.
Puxa caixa, procura o que é da
cozinha, procura uma trilha sonora, e aos poucos foi-se ajeitando. Me joguei no
chão e abri o armário de baixo da pia, aquele cheiro que nunca tive em casa
alguma...mas que senti na casa de algumas pessoas que eu visitei quando era
criança. Um cheiro doce de antigo, bolo,
o guardado, alegria e algo mais que me remetia ao passado. Passei um pano para
garantir que tudo estava limpo antes de colocar qualquer coisa ali.
Arruma do lado e arruma do outro
e quando olho para o lado vejo uma janela dentro do armário. Eu podia ver o
jardim pela janela e como se fosse mágico entendia o cheiro vinha da mesa que
ali também estava servindo café. Não era só um azulejo que só tinha ali era uma
janela especial que me fez ver o mundo dentro do armário.
E naquela tarde sem que eu
sentisse o tempo passar eu já tinha arrumado quase tudo ali de baixo. A cozinha
finalmente estava com cara de cozinha. O que eu podia fazer estava feito.
Texto de Rani MOL
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