sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Todo mundo adora os anos 80: Adeus anos 80!


Akane Tendo criação de Rumiko Takahashi.


Desde Outubro comecei a postar sobre os anos 80, uma década que marcou varias gerações. Foi muito divertido mexer nesse baú de emoções, recordações, fotos e etc. Sim chega ao fim as postagens dos anos 80. Mas mesmo assim, todos os dias ainda vamos falar  dos anos 80 quando temos artistas como : Madonna, U2, Rumiko Takahashi, Yuko Shimizu, Kid Abelha, Titãs, Barão Vermelho, Legião Urbana,Cazuza e tantos outros artistas que estão presentes em nossos dias. Mesmo aqueles artistas que partiram, permanecem com suas obras.

Orelhão dos anos 80.


A geração que nasceu nessa década teve que se adaptar a muita coisa em pouco tempo. Um dia tudo era feito a mão ou a máquina de escrever (ainda que fosse a elétrica), no outro tudo passou a rodar em torno do computador. Um dia  quando você gostava de alguém era pedido ou pedia  em namoro , no outro momento o amor se resumiu em “ficar”. Casamento virou algo raro e divorcio virou moda. Com a internet a geração dos anos 80 teve que se adaptar as pressões da modernidade de cada segundo ser vital em bytes. O trabalho que você poderia entregar no dia seguinte no trabalho você pode e às vezes deve passar para o chefe de madrugada. Para você existir deve “logar”, seja lá qual for a rede social. É uma geração que com 20 anos passou a ser rastreado via celular, a ter pressões que as demais antes dela já tinha  bastante tempo de vida “light” então ver tudo com graça ou com distância , as gerações dos anos 90 para frente já nasceu na loucura da “modernidade” e acha tudo normal.

Céu de Teixeira de Freitas, Bahia. Na manha seguinte do apagão que teve aqui em Outubro.

Eu gosto da tecnologia tanto que aqui estou eu blogando com vocês mas se tem algo que eu não gosto e gosto ao mesmo tempo é que o agora é real. As pressões do agora ser agora e não sobrar tempo de respirar direito. Isso é tão sério que  cada vez mais  os jovens são ansiosos em um grau tão forte que causa problemas cardíacos. E não adianta ler livros que pregam maneiras de como ser calmo, por que a vida não é calma, e somos cobrados o tempo todos. Por isso é tão bom quando tem os apagões e a cidade fica silenciosamente calma, o vento sopra, o cheiro da natureza mesmo na selva de concreto consegue aparecer. Então sem Tv, sem internet , conseguimos relaxar e dormir ou ao menos parar um pouco. Se bem que o ultimo apagão que teve aqui no nordeste no dia seguinte  tinha um monte de postagem de pessoas via celular (é disso que estou falando as pessoas não param.).

Imagem do blog : http://mundofantasticojotace.blogspot.com.br/


E todo esse ritmo frenético , todas atualizações de pessoas ao redor mundo fazendo alguma coisa e você pensa que não está fazendo nada, as  pressões , a falta de relacionamentos com amor e não ficadas, o trabalho que nunca tem fim, as informações que nunca param e você que tem que SER, o Homem , a Mulher....Uma hora cansa, uma hora frustra e bate a depressão, a crise existencial.



Por isso e por outros motivos que talvez eu não saiba expressar é que eu sinto falta dos anos 80. Aquela época que tínhamos tempo de reparar no colorido das roupas, na letra da música, na época que a mãe espancava seus filhos mas ele tinha língua  para  dar bom dia, boa tarde. Estou cansada das crianças de hoje que na rua só sabem dar língua, gritar e até mesmo xingar a mãe  e os adultos em sua volta. Ou Crianças que com menos de 10 anos já tem certificados de informático que muito adulto vai morrer tentando ter, criança que não brinca só navega.  Eu costumava sentir os dias tão longo, não me importava se estava frio ou calor, apenas um dia e sempre era novo. Mas os dias por mais que façamos um monte de coisa ele parece rápido é como se não tivesse 24 horas. Em um dia sentimos as 4 estações, as flores aqui de casa não sobreviveram muitas estações então poucos dias. E eu também não resisto a esse mundo girando tão rápido, por isso às vezes eu desligo meu computador, meu celular, ligo o som com uma música relaxante, apago todas as luzes da casa e na varanda  fico olhando para céu. Eu não quero voltar atrás e esquecer o futuro, apenas quero viver sem desespero de tantos bytes que o agora pode proporcionar.


Eu amo a tecnologia, a internet, eu só não gosto da forma como às vezes olhamos a natureza em um wallpaper mas não cuidamos daquela que existe fora dos bytes. Seja ela natureza mato, verde, seja ela natureza humanidade, homem. Lá estou me explicando e re-explicando coisa do mundo digital, uma vez que se 10 pessoas forem ler essa postagem podem ter 10 idéias diferente do que eu realmente tentei passar como idéia.

Texto de Rani Mendes Oliveira Lima.

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